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À Associação de Moradores e Amigos do Distrito de Conceição de Ibitipoca

AMAI lança a campanha “Ibitipoca: União e Preservação”

postado em 08 09 2020

#eupreservoibitipoca

Esta campanha começa com um convite à reflexão, aos proprietários de casas, chalés e campings como meio de hospedagem remunerada e aos donos (as) de pousadas  –  extensivo aos comerciantes em geral:

VAMOS FALAR DE TURISMO EM IBITIPOCA.

Este assunto interessa a todos.

Todo mundo sabe que o principal atrativo turístico de Ibitipoca é o Parque.

Não se discute isso.

Mas a vila de Conceição de Ibitipoca recebe muitos visitantes atraídos também pelas suas características de “cidadezinha do interior de Minas”, com suas casinhas típicas, seu povo simples e hospitaleiro, onde as crianças ainda brincam na rua, as galinhas correm soltas, as pessoas ainda dão bom dia e boa tarde. Acrescente-se a isso o seu patrimônio histórico com suas igrejas centenárias e a memória de seus habitantes mais idosos, com seus “causos” e receitas de toda espécie.

Tudo isso compõe o patrimônio cultural de Ibitipoca que merece ser muito, mas muito mais explorado como fator de atração turística. É uma riqueza imensa que, quem mora aqui na vila, acostumado com isso, nem se dá conta. Mas, muita gente que mora numa cidade grande, sonha com a possibilidade de passar pelo menos uns dias num local tão especial como a nossa vila.

Mas, toda essa riqueza, corre o risco de se perder se chegam turistas inescrupulosos em finais de semana e férias numa verdadeira “invasão” trazendo os vícios da cidade grande: falta de respeito ao silêncio, acúmulo de lixo nas esquinas, assustando todos com a velocidade dos carros e motos.

Muitos proprietários de casas, chalés e pousadas por não morarem aqui na vila, muitas vezes não se dão conta do caos em que a vila costuma se transformar nos feriadões, quando alguns turistas “sem noção” colocam som alto, fazem algazarras até altas horas perturbando a vizinhança, dirigem e estacionam de qualquer jeito, largam lixo pelas calçadas e por aí vai.

Esse caos é extremamente desagradável para aqueles turistas que são atraídos pela tranquilidade de nossa “cidadezinha de interior”, pela natureza exuberante que nos circunda, pelo ar bucólico que aqui ainda respiramos quando não ocorre esse tipo de “invasão”.

Então, estamos “dando um tiro no pé”, quando colocamos o dinheiro em primeiro lugar e não fazemos um filtro na hora de recebermos as reservas em nossa casa, chalé ou pousada, quando não orientamos os hóspedes, de maneira bem clara e convincente, que aqui nós somos uma comunidade tranquila, que cultivamos uma tradição de bom acolhimento e cortesia, que o povo de Ibitipoca respeita e gosta de ser respeitado, que o povo de Ibitipoca cuida da nossa vila e gosta quando os visitantes também são cuidadosos com nosso patrimônio, com a limpeza das ruas, com o respeito ao meio ambiente.

Qualquer empresário consciente – pode ser grande, médio ou pequeno – sabe que precisa cuidar bem de seu produto para que seu cliente se torne cativo.

Nesse sentido, a vila de Conceição de Ibitipoca é um produto turístico muito especial e de grande valor no mercado. É preciso que se cuide dele, em tudo aquilo que o torna especial.

E convidamos também todo o comércio de Ibitipoca para participar desse trabalho de orientar a clientela no sentido de respeitar e cuidar dos nossos valores culturais.

Todos juntos em defesa do Bem Estar de nossa vila: pousadas, casas e chalés, restaurantes, bares, padarias, lojinhas, mercados, etc

É claro que toda essa questão de perturbação do silêncio, do lixo, de segurança, dos costumes poderia ser resolvida com base nas em leis, mas não é nesse campo que estamos trazendo essa reflexão. Estamos chamando os empresários de turismo em Ibitipoca a assumirem eles próprios essa tomada de consciência de que está em suas mãos cuidar desse produto especial que é a nossa vila em si mesma.

Poderíamos citar o Artigo 42 do Decreto-Lei 3688/41, conhecido como a Lei das Contravenções Penais que prevê a infração penal de perturbação de sossego ou trabalho alheio; poderíamos citar a Lei 7.302/78, de Minas Gerais, intitulada Lei do Silêncio; poderíamos citar o Código de Posturas do município de Lima Duarte que define preceitos e regras relativos ao Bem Estar Público, e até a nossa AMAI tem o seu Plano Socioambiental com uma proposta de Normas para o Bem Viver aqui na vila.

Porém, mais do que recorrer a legislação, a fiscalização, a imputação de multas, estamos recorrendo à consciência profissional do empresariado local para que dê sua parcela de contribuição responsável na orientação de sua clientela para a preservação e aprimoramento desse grande patrimônio cultural que é a nossa vila de Conceição de Ibitipoca. Os moradores de Ibitipoca vão agradecer, os turistas poderão curtir melhor a vila e os seus negócios, com certeza, irão crescer ainda mais.