postado em 30 04 2021
Categoria: Artigo Principia – Caminhos da Iniciação Científica
Ano: 2020
Título: Proposta de Metodologia de Capacidade de Suporte: estudo de caso no Parque Estadual do Ibitipoca – MG – Brasil
Autores: Cézar Henrique Barra Rocha, Wesley Badoco do Vale, Luiz Fernando de Paula Castro, José Martins Paravidino, Ana Luíza Fortes da Silva, Tamires de Oliveira Prado e Fábio Jacob da Silveira
Resumo: A pressão sobre áreas naturais tem aumentado devido ao modelo artificial disponível nas grandes cidades adensadas com concreto e asfalto e desprovidas de áreas verdes. O parque mais visitado de Minas Gerais é o Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb), local ímpar e frágil por suas formações em quartzito e que precisa ser monitorado quanto aos impactos das visitações. Apesar da resiliência ao longo dos anos, é necessário medir a sua capacidade de suporte. Este trabalho apresenta a metodologia criada pelo NAGEA a partir da incorporação de novos elementos à Metodologia de Cifuentes (1992) com intuito de conseguir uma melhor adaptação à realidade brasileira. O novo método traz consigo a criação do fator de correção raízes expostas; alteração no fator acessibilidade através da classificação de rampas médias de 10% para 12%; acréscimo da vegetação lateral no fator de correção brilho solar; a conversão de ocorrências pontuais em lineares; e o uso da distância inclinada ao invés da horizontal. Em abril de 2019 no PEIb, foram monitorados os três roteiros disponíveis à visitação: Janela do Céu, Pico do Pião e Águas. Com o uso de receptores GNSS, as trilhas foram mapeadas e observadas as ocorrências como alagamentos, desgaste superficial do solo, raízes expostas e trechos com cobertura vegetal. Os dados foram processados, traçando a planta e o perfil longitudinal de cada trilha, determinando as rampas. Com a aplicação da metodologia, foram obtidos os seguintes resultados: 959 visitantes diários em todo PEIb, sendo 152 no Circuito das Águas, 457 no Circuito Janela do Céu e 360 no Circuito Pico do Pião. Contudo, as metodologias de capacidade de suporte não são um fim em si, sendo apenas balizadoras para estratégias mais abrangentes e integradas com o planejamento e o monitoramento de indicadores de impactos nas áreas protegidas.
Palavras-chave: Monitoramento Ambiental. Áreas Protegidas. Manejo de Trilhas. Indicadores de Impacto. Ecoturismo.